segunda-feira, 12 de abril de 2010

Jovens de Deus no mundo em que vivem

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Há muita confusão entre cristãos sobre como os jovens devem viver no mundo em que vivem. Em geral, o que encontramos são proibições, medos e pressões que impedem que os jovens desenvolvam talentos que venham a ter para ficarem apenas trancados em suas igrejas. Com isso, acabam tornando-se fanáticos alienados ou abandonam de vez. Mas será esse o caminho?
O livro de Daniel pode nos ajudar muito nessa questão. Ele e seus amigos eram jovens exilados de sua terra e obrigados a viverem numa terra estranha que não cultuava seu Deus.

A esses quatro jovens Deus deu sabedoria e inteligência para conhecerem todos os aspectos da cultura e da ciência. E Daniel, além disso, sabia interpretar todo tipo de visões e sonhos.

Ao final do tempo estabelecido pelo rei para que os jovens fossem trazidos à sua presença, o chefe dos oficiais os apresentou a Nabucodonosor.

O rei conversou com eles, e não encontrou ninguém comparável a Daniel, Hananias, Misael e Azarias; de modo que eles passaram a servir o rei.

O rei lhes fez perguntas sobre todos os assuntos que exigiam sabedoria e conhecimento, e descobriu que eram dez vezes mais sábios do que todos os magos e encantadores de todo o seu reino.

Daniel permaneceu ali até o primeiro ano do rei Ciro.
(Daniel 1.17-21)


1) Vivem no mundo em que vivem

• Daniel e seus amigos possuíam todo o conhecimento do mundo em que viviam. Os amigos eram versados em toda cultura e sabedoria, e Daniel em sonhos e visões.

• Eles também foram governantes e administradores na província da Babilônia.


• Ainda que a Babilônia fosse símbolo da rejeição a Deus, Daniel e seus amigos se aprofundaram em seus conhecimentos e estrutura, sem temer qualquer tipo de contaminação (com exceção daquelas que explicitamente rejeitaram – alimentos e adoração à estátua).

• Não devemos ser isolados ou alienados do mundo em que vivemos, mas podemos e devemos conhecer sua cultura e nos envolvermos nela.

2) Interpretam o mundo em que vivem

• A atitude daqueles jovens não se baseava em serem liberais ou conservadores, mas no modo como interpretavam esse mundo de Deus:

1) Entendiam que mesmo seu conhecimento secular vinha de Deus (1.17).
2) Entendiam que Deus é o Senhor soberano sobre tudo (2.20-23).
3) Entendiam que Deus é único e que há coisas que somente ele tem a explicação (2.27-28).
4) Entendiam que Deus era poderoso para livrá-los de qualquer dano, se assim Ele quisesse. O que cabia a eles era a fidelidade (3.13-17).

• Temos a tendência de considerar sagrado somente aquilo que se refere explicitamente a Deus, com isso esquecemo-nos que ele é o único Senhor sobre toda a terra.

• A Bíblia nos mostra que o mandato cultural da humanidade se deu antes da Queda (Gn 1.26-28).

3) Diferem do mundo em que vivem

• E era justamente a interpretação que faziam do mundo em relação a Deus que os diferenciavam do mundo.

• Embora estivessem na corte, não se alimentavam do alimento do rei. Grande prestígio para os outros, mas inútil para eles (1.8). Com isso demonstravam que criam na providência divina.

• Em meios às turbulências, procuravam-se para orar (2.17-19).

• Posicionavam-se fortemente contra aquilo que era realmente contrário ao seu Deus (3.13-17).

• E, com tudo isso, davam testemunho do verdadeiro Deus desse mundo (2.47; 3.28), mesmo que o rei não viesse a crer de verdade.

(Para mais sobre esse assunto indico o livro: “O cristão")

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